Dinamometria
O QUE É E DE QUE FORMA AVALIA A FORÇA MUSCULAR
Blog Sausport
O que é a dinamometria?
A dinamometria é uma alternativa eficiente, objetiva, sensível e acessível para a quantificação da força. Um pequeno dispositivo portátil é segurado pelo examinador e colocado contra o membro do paciente durante uma contração isométrica máxima. O dispositivo – dinamómetro – pode ser utilizado para testar os músculos proximais e distais em todas as extremidades. Há dinamómetros específicos que são utilizados para testar a força de aderência. [1] Como na maioria das medições de força, a variação dos testes aumenta com múltiplos examinadores, pelo que, idealmente, os exames devem ser realizados pelo mesmo examinador. [2]
No campo da medicina desportiva, a dinamometria manual está a ganhar um relevo considerável sobre os testes isocinéticos, uma vez que o equipamento é mais fácil de usar no campo ou na área de treino do atleta.
A dinamometria é superior aos testes manuais de avaliação da força e constitui agora a forma mais frequentemente utilizada para o fazer. Um exame bem executado permite perceber a capacidade física de trabalho de um paciente. [3]
Afinal, para que serve a dinamometria?
A dinamometria é utilizada para avaliar o estado geral funcional de um indivíduo ou a (des)nutrição (devido à destruição de fibras musculares). [3] A avaliação da performance muscular com dinamometria é relevante para fins de diagnóstico, para corrigir preventivamente déficits específicos, avaliar resultados da intervenção e determinar se o indivíduo tem condições para retornar às atividades desportivas. [4]
A dinamometria pode trazer contribuições importantes para área do desporto e reabilitação, possibilitando a obtenção de medições objetivas de parâmetros relacionados com a função muscular. [4]
Um dos principais propósitos da reabilitação física é recuperar os indivíduos que têm as suas atividades de vida diária comprometidas. Numerosos danos, incluindo diminuição da força muscular, podem contribuir para a limitação funcional. O fortalecimento muscular tem sido, atualmente, o foco de muitas pesquisas. A sua avaliação, realizada através da medição da força, pode ser feita de diversas formas: a utilização de dinamómetros é uma delas. [6]
O que é um dinamómetro? O que avalia?
Em qualquer movimento corporal a força é requisitada. Um dinamómetro mede a força que um paciente consegue exercer, quantifica-a e, depois, apresenta os dados em formato digital.
Ao permitir medir a força muscular com consistência, o dinamómetro oferece aos examinadores a possibilidade de acompanhar o progresso ao longo do tempo, dando uma sensação de melhoria mais precisa, particularmente para o tratamento de dores crónicas.
A portabilidade e a facilidade de aplicação tornam os dinamómetros manuais desejáveis para uso clínico geral. Os investigadores descobriram que as medições são válidas e fiáveis quando usadas para testar grupos musculares naturalmente fracos e patologicamente enfraquecidos. [5]
Qual é, então, a finalidade de um dinamómetro?
O dinamómetro vem mudar a forma como a reabilitação de um paciente é conduzida – permite fazer uma avaliação além da força.
O dinamómetro não ensina o examinador a realizar o teste de força. Fundamenta, antes, os testes que o examinador já faz de forma mais objetiva (adaptando o teste ao paciente e ao contexto em que ele está inserido).
As medições com um dinamómetro permitem a criação de objetivos em comum entre paciente e examinador. Em situações de dor, por exemplo, o paciente percebe que não reproduz a mesma força muscular em dois membros equivalentes. Aqui, é possível definir objetivos a atingir nas próximas avaliações e, assim, aumentar a motivação e o foco do paciente. Independentemente do grau de dor, o examinador conseguirá envolver o paciente no processo de reabilitação.
Se se pretenderem fazer várias medições num mesmo paciente, de forma a avaliar a evolução, estas devem ser efetuadas à mesma hora. Ao longo do dia, a força varia. Além disso, as medições devem ser feitas sempre com o mesmo dinamómetro. [3]
Quais os fatores que influenciam a intensidade da força?
A medição precisa da força muscular é um componente integral e essencial da avaliação da fisioterapia para muitos pacientes. [5] A produção e/ou quantificação da força podem ser influenciadas por vários fatores: [3]
- aquecimento muscular (a existência de aquecimento antes potencia a força);
- treino prévio;
- posição (a posição sentada potencia a qualidade da avaliação);
- estabilização do indivíduo testado;
- amplitude do movimento;
- tempo de descanso entre as séries (o intervalo e o número de vezes que se testa)
- caraterísticas do instrumento em si;
- diferentes protocolos de medição;
- peso (baixo ou em excesso estão associados a menor força, eventualmente devido à menor quantidade de massa muscular);
- índice de massa corporal;
- nível de atividade física;
- força da gravidade;
- densidade óssea;
- estado nutricional;
- patologias/acidentes/cirurgias;
- medicação (acredita-se que corticoides e/ ou relaxantes musculares podem diminuir a força);
- estado cognitivo;
- motivação.